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União-PI, e o curioso fenômeno de nunca reeleger um prefeito

União-PI, e o curioso fenômeno de nunca reeleger um prefeito

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Nesse ano de eleição o município de União-PI entrará para sua história política.

1- Com a reeleição de Gustavo Medeiros (prefeito em exercício);

2- Ramiro Saraiva ser eleito pela primeira vez no município;

3- Zé Osmar entra pela segunda vez na disputa para prefeito, e sendo eleito será também seu primeiro mandato.

Foto: Montagem/ Agencia TOP MIX

A legislação referente à reeleição para prefeito no Brasil é a Emenda Constitucional nº 16, de 1997. Antes  dessa emenda, a Constituição Federal não permitia a reeleição para cargos executivos (presidente, governador e prefeito) em mandato consecutivo.

Com a Emenda Constitucional nº 16, ficou estabelecido que o presidente da República, os governadores de estado e do Distrito Federal, bem como os prefeitos poderiam ser reeleitos para um único período subsequente. Portanto, a emenda permitiu que prefeitos que cumpriram um mandato pudessem se candidatar novamente e concorrer a um segundo mandato consecutivo.
No entanto emancipada em 1853, União, no Piauí, destaca-se por nunca ter reelegido um prefeito. Desde 1997 cinco prefeitos já assumiram o cargo máximo da cidade são eles:

• José Edmilson do Rego Mota (1983-1988) e (1997-2000)
• Gervásio Costa Filho (1993-1996) e (2001-2004)
• Gustavo Conde Medeiros (2005 - 2008), (2013-2016) e (2021-2024) 
• José Barros Sobrinho (2009 - 2012)
• Paulo Henrique Medeiros Costa (2017-2020)

Esta matéria explora os motivos por trás dessa peculiaridade e convida os leitores a compreender os impactos dessa prática incomum.

Pontos Positivos;
Renovação Política: União se beneficia da constante introdução de novas lideranças, proporcionando uma renovação política que traz diferentes perspectivas e abordagens para os desafios locais.
Participação Cidadã: A ausência de reeleição pode estimular uma participação mais ativa dos cidadãos nas eleições, visto que não há uma figura incumbente consolidada no poder.
Diversidade de Ideias: A rotatividade de prefeitos contribui para uma diversidade de ideias e estratégias, permitindo experimentações e adaptações de políticas públicas ao longo do tempo.

Pontos Negativos;
Falta de Continuidade: A cidade pode enfrentar desafios relacionados à falta de continuidade em projetos de longo prazo, já que cada novo prefeito pode priorizar agendas distintas.
Curva de Aprendizado: A mudança frequente de lideranças pode resultar em prefeitos que levam um tempo significativo para se adaptar e compreender completamente os desafios locais.
Instabilidade Política: Existe a possibilidade de instabilidade política decorrente das mudanças frequentes, impactando a implementação consistente de políticas públicas.

                                                                                                          Tabu Quebrado?
A atual situação política do município encontra-se focada na disputa entre três pré-candidatos, o atual prefeito, Gustavo Medeiros, (Progressista), Ramiro Saraiva, (PT) e Zé Osmar, (PSD). Surge a indagação sobre a possibilidade de Gustavo Medeiros quebrar o tabu, tornando-se o primeiro prefeito reeleito, ou se o município de União enfrentará mais um pleito sem conquistar a reeleição para o cargo máximo do município.

A cidade desafia as convenções políticas ao manter a tradição de nunca reeleger um prefeito. Este fenômeno único molda o cenário político local, proporcionando vantagens, como a renovação política, mas também apresentando desafios, como a falta de continuidade em projetos. Convidamos os leitores a refletirem sobre as complexidades desse modelo e seus efeitos na dinâmica política da cidade.

Dê sua opnião e seus questionamentos através dos links abaixo;

https://wa.me/message/XZ3JY66BCTXTC1

https://wa.me/qr/TKRXG4WKDWWIP1 

 

 

Escrito por: Manin Silva e Marcos Coutinho.

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