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Educação do Piauí à beira de uma greve geral: SINTE-PI convoca assembleia decisiva

Educação do Piauí à beira de uma greve geral: SINTE-PI convoca assembleia decisiva

Categoria denuncia descaso do governo estadual e exige valorização profissional e condições dignas de trabalho

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Sindicalista durante ato público. (Foto: Divulgação)

 

A educação pública do Piauí pode parar. Nesta quarta-feira (19), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí (SINTE-PI) realizará uma assembleia geral para decidir sobre a deflagração de uma greve geral da categoria. O movimento ocorre em meio à crescente insatisfação dos professores e demais trabalhadores da educação, que denunciam o descaso do governo do estado e a precarização do ensino público.

Uma categoria que sustenta o futuro do Piauí

Os trabalhadores da educação são a base sobre a qual se constrói o futuro de milhares de crianças e jovens do ensino fundamental e médio. São os professores que, mesmo com salários defasados, continuam lecionando com dedicação. São os funcionários das escolas que, apesar da falta de estrutura e de condições dignas de trabalho, mantêm as unidades escolares funcionando todos os dias.

A situação é crítica: se as condições são ruins para os professores, são ainda piores para os demais funcionários das escolas. O ambiente insalubre, os baixos salários e a sobrecarga de trabalho colocam em risco a saúde e o bem-estar desses profissionais, que enfrentam o dia a dia da escola pública sem o devido reconhecimento do poder público.

Reivindicações da categoria

O SINTE-PI denuncia que o tratamento dado pelo governo estadual aos trabalhadores da educação é o pior possível. A categoria exige:

  • Reajuste salarial

  • Paridade entre ativos e aposentados

  • Reestruturação do Plano de Carreira

  • Concurso público imediato

  • Condições dignas de trabalho

  • Cumprimento das progressões e promoções

  • Reajuste das gratificações

  • Pagamento do Piso Nacional do Magistério na carreira e para os aposentados

  • Valorização dos funcionários, pois todas as classes de 1 a 3 estão niveladas e dos padrões de A à E, todos recebendo apenas o salário mínimo.

Os funcionários administrativos estão há 11 anos sem reajuste, o último ocorreu em 2014. É preciso cobrar através da justiça todos os reajustes que não foram concedidos no período de 2014 a 2025.

Apesar da luta, poucas conquistas foram garantidas até o momento, como um acordo para concurso público em 2025 e negociações para o pagamento de retroativos e reajustes salariais. No entanto, a categoria reforça que promessas não garantem direitos, e sem ações concretas do governo, a greve será inevitável.

Educação em risco: o futuro depende da valorização dos profissionais

A precarização do trabalho docente e o abandono das condições básicas das escolas refletem diretamente na qualidade do ensino. Sem professores valorizados e sem funcionários de apoio respeitados, não há educação pública de qualidade.

"Sem valorização dos trabalhadores da educação, não há futuro para nossas crianças nem dignidade para quem dedica a vida ao ensino." – Professor João Correia

Diante desse cenário alarmante, a mobilização da categoria é essencial. O SINTE-PI convoca todos os trabalhadores da educação a participarem da assembleia desta quarta-feira, onde será definida a possível greve geral.

Se o governo do estado não respeita a educação, os profissionais precisam se unir e mostrar sua força. Porque valorizar os trabalhadores da educação é investir no futuro do Piauí.

Por Zezo Freitas

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