Português (Brasil)

Trabalhadores do lixão de União reivindicam melhorias

Trabalhadores do lixão de União reivindicam melhorias

Catadores de resíduos sólidos reivindicam junto a prefeitura de União melhorias estruturais no local, organização e envelopamento do lixo coletado.

Compartilhe este conteúdo:

Trabalhadores reunidos no lixão de União (Foto: Vanessa Cout)

 

As atuações dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis de União, ressalvando que não vai se utilizar da palavra catadores de lixo, não se usa mais essa palavra, lixo é aquilo que não tem serventia.   Vamos falar da atividade profissional que é reconhecida pelo Ministérios do Trabalho e Emprego desde 2002,

Na cidade de União recolhe-se em média de 401,5 kg de lixo por ano para cada Unionense (e 1,1 kg/dia), segundo o plano Nacional de Resíduos Sólidos (ano base 2008).

Como iniciou esse impasse ?

A Razão dos trabalhadores/catadores de materiais recicláveis estão a vários dias querendo conversar com algum representante da prefeitura para traçar reivindicações justas da classe, como sendo:

 

  1. Organização do descarrego dos coletores no local ?
  2. Quer por parte da prefeitura que faça o envelopamento do material e resíduos já trabalhado para não misturar com os resíduos novos (aqueles que estão sendo amontoados.
  3. Querem que a  Lei nº 12.305/10, de política nacional de resíduos sólidos aprovada que  divide a responsabilidade e  destino com resíduo sólido respeitada.
  4. Por fim, a prefeitura por meio do carro coletor não tem levado separadamente  os resíduos oriundos das lixeiras espalhadas nas praças adquiridas no ano de 2019  para fins de  recolhimento de  material de forma seletiva. Não funciona.   
  5. Fiscalização e proibição de material orgânico em céu aberto.

 

José Francisco Nunes, durante entrevista. (Foto: Vanessa Cout)

 

“O que todos nós catadores queremos de verdade é uma assistência melhor da prefeitura, um auxílio financeiro por mês para ajudar a gente. Vendemos esse material coletado e no final do mês da R$ 100, R$ 200 e não dá para manter a família não. Nós queremos, de imediato, que prefeitura envie uma máquina, porque o prefeito prometeu e ela não veio. É uma retroescavadeira para limpar tudo. Só aqui são seis famílias que dependem diretamente desse trabalho”, disse José Francisco, que trabalha no local.

É, justamente nesse contexto, que trabalham os catadores de materiais recicláveis. Dependendo do município, eles são ou não inseridos dentro dos programas oficiais – não são os de União. No entanto, segundo eles, deveria existir uma parceria de apoio e inclusão social.

São homens, mulheres, até crianças que estão trabalhando legal e ilegalmente a margem da sociedade e não são vistos pelo poder público e a sociedade como verdadeiros parceiros do meio ambiente.

São pessoas iguais a qualquer outro, fazem de suas forças a dignidade humana florar por meio do trabalho. O que ganham com isso?  O sustento da família para não está pedindo e mendigando uma cesta básica no serviço social do município.

“Portanto, queremos ser reconhecido e nossa reivindicação vai continuar com a obstrução do acesso ao aterro sanitário até que o prefeito ou representante do município nos receba pra pontuarmos nossa pauta de reivindicação. Não podemos receber visita da polícia para enfraquecer ou finalizar o movimento são  reivindicações justas e legítimas, estamos sendo constrangido pela polícia militar, pois a mesma está atentando contra nosso movimento junto ao local.

E enquanto isso está sendo amontoado materiais nas ruas e na sede da secretaria municipal, podendo agravar ainda mais a situação.  Caso não seja resolvido esse impasse tão logo, os trabalhadores estão se organizando para descarregar uma quantidade de material reciclável na sede da prefeitura como forma de sinalizar e mostrar a importância da classe no processo ambiental e econômico dos resíduos sólidos.             

Conversando com o advogado Adailton Silva ressaltou que “não é o papel a repressão à trabalhadores, foge das atribuições constitucionalmente conferida a polícia militar, o que não pode se admitir é a falta de bom senso e compromisso da gestão atual que despreza esses trabalhadores. Trata-se de um movimento pacífico e legítimo de classe”.

Uma boa destinação e reaproveitamento de resíduos pode gerar muito retorno para uma cidade. A cidade de União, infelizmente, perde muito capital com a má gestão de seus insumos. 

OUTRO LADO 

Procuramos a Prefeitura de União para pronuncia-se sobre o caso, mas não obtivemos resposta até o momento.

VEJA MAIS FOTOS;

Compartilhe este conteúdo: