História: A “pré-história” do padroado unionense…
A história da igreja em União teve início oficialmente em 1853, com a criação da Freguesia de Nossa Senhora dos Remédios. Antes disso, o então lugarejo do Estanhado dependia da freguesia de Campo Maior para ter acesso a assistencia religiosa. De lá eram enviados os padres para realizavam as “desobrigas”, pelo interior da paróquia.
(Foto: Reprodução)
Mas quem eram esses padres? Se sabe muito pouco sobre eles, porém, os que mais se tem notícias são os padres Jeronimo Jose Ferreira, e Marcelino Jose da Cunha Castelo Branco. O primeiro já residia no Estanhado desde 1817, segundo as pouquíssimas informações que se tem. Ele foi um dos grandes propagadores da Independência do Brasil., tendo inclusive influenciado na adesão do Estanhado.
O segundo trata-se de um barrense chamado Marcelino da Cunha Castelo Branco, o primeiro sacerdote ordenado oriundo da Vila das Barras.
Acredita-se que ele tenha antecedido o primeiro vigário da paroquia de União – padre Simpliciano, em 1853/54.
Alem deles outros sacerdotes “perambularam” por essas “bandas”. Estes estiveram por aqui somente de passagem. Podemos denomina-los de “padres andarilhos”. Em 1806 um padre de nome João José viajando a caminho do litoral da capitania na companhia do donatário Carlos Cesar Bulamarque visitou a povoação. Provavelmente, uma visita bem rápida, somente de passagem,não sabemos.
Outro que ganhou destaque – de forma negativa, fora o padre maranhense Silvestre Martins, este responsável pelo assassinato do sesmeiro Tome do Rego Monteiro, em 1813, na Gameleira.
Provavelmente chegou a região na virada do século XVIII para o XIX, vindo de Caxias. O padre maranhense não chegou por aqui por motivos religiosos. Interessado nas ricas terras da região, tornou-se um poderoso fazendeiro na região da Avre de Graça, hoje localidade ao sul do município de União.
Após o fatídico crime em 1813, não se soube mais do seu paradeiro.
Sabemos que nossa “pre-historia eclesiástica ” é muito mais vasta. Infelizmente faltam informações sobre a identidade dessas pessoas que com certa frequência davam assistência religiosa a União antes dela tornar-se Paróquia.
Fonte: Portal de União